30 de janeiro de 2008

Aprender com os outros



Apesar de na oposição, estes não receiam tomar posição em defesa da população.

Saúde em serena expectativa

O texto integral é público e está aqui.
Eu vou aqui pôr só uns pedacinhos, sublinhando o mais relevante:

O senhor Vereador Eng.º Agnelo de Figueiredo, alegando que era sem intenção política, proferiu a seguinte declaração:

As preocupações com os cuidados básicos de saúde são hoje um tema central nas inquietações dos portugueses. No âmbito da reorganização dos serviços de saúde, têm sido encerrados diversos serviços de atendimento permanente no período nocturno em concelhos bem próximos de nós. É, pois, muito possível, é até provável, que também os nossos serviços concelhios de saúde sejam reorganizados. Em conformidade, é dentro desta lógica que considero fundamental que essa reorganização garanta, pelo menos, o acesso àquilo que hoje se chama “consulta aberta”, durante as 24 horas do dia. Só assim conseguiremos, pelo menos, manter o nível de qualidade dos serviços a oferecer aos nossos concidadãos, novos ou velhos, ricos ou pobres. Convido, portanto os senhores Vereadores a subscrever esta posição, a ser enviada a sua Ex.ª o senhor Ministro da Saúde para ser tida em conta no processo de reorganização.
...
Perante este convite, tomou a palavra o senhor Vereador Dr. João Azevedo, para
dizer o seguinte:
...
... Deste modo, e relativamente a este seu pedido, só o poderei eventualmente subscrever se for tomada a decisão no sentido de ser encerrado o SAP de Mangualde e sem qualquer benefício alternativo para a população de Mangualde...

...
Tomou novamente a palavra o senhor Vereador Eng.º Agnelo de Figueiredo para dizer o seguinte:
Eu não sei se o serviço nocturno fecha ou não fecha. O que pretendo é que o órgão executivo do município, e não apenas individualmente o seu Presidente, manifeste uma posição de defesa dos interesses dos munícipes. O resto não me interessa nada.
...
Entretanto tomou a palavra o senhor Vereador Dr. Luís Coimbra, que proferiu as seguintes declarações:
...
... Portanto, porque também nos preocupa a prestação dos cuidados básicos de saúde em condições de qualidade e de eficiência, julgo ser de aguardar com serena expectativa aquilo que nesta matéria a Administração Central nos reserva, para depois nos prenunciarmos e tomarmos as posições políticas que houvermos por bem tomar...

...
Relativamente ao assunto relacionado com o eventual encerramento do SAP, a senhora Vice-Presidente da Câmara, Dr.ª Sara Vermelho, disse o seguinte:
...
... se não se vislumbrar algo que garanta o mínimo de satisfação das necessidades da nossa população no que diz respeito ao serviço de saúde, a proposta apresentada pelo senhor Vereador Eng.º Agnelo de Figueiredo deverá ser subscrita...


Resumo da matéria dada:
É de aguardar aquilo que a Administração Central nos reserva.

Esclarecedor!

27 de janeiro de 2008

Bodes expiatórios

Felizmente que isto não aconteceria em Mangualde.












Desde o encerramento dos SAP, ainda os Bombeiros do concelho de Alijó, acho eu que a nenhum corpo de bombeiros, ninguém lhe veio dizer como é que haviam de funcionar.

24 de janeiro de 2008

Promiscuidade

Afinal... S. Pedro do Sul virá a ter um serviço de urgência básica.

O autarca social-democrata disse ao início da noite, em conferência de imprensa, que hoje foi o seu «dia mais feliz à frente do município», porque o ministro Correia de Campos o chamou à tarde a Lisboa para anunciar que S.Pedro do Sul vai pertencer à rede nacional de SUB.

O autarca reuniu-se com Correia de Campos às 16:00, mas, 36 minutos depois, já os deputados do PS por Viseu José Junqueiro e Miguel Ginestal informavam, por e-mail, que, «depois de reuniões efectuadas no último ano com o senhor ministro da Saúde», o concelho de S.Pedro do Sul «terá SUB conforme estudo técnico realizado».


Este último parágrafo é uma verdadeira ode à descarada promiscuidade entre o Governo e Partido Socialista. É só "influências".
Diz António Carlos Figueiredo que são "influências malévolas político-partidárias".
Exacto! Aqui em Mangualde sabemos bem o que é isso da influência!!

19 de janeiro de 2008

PSA - Cronologia de um equívoco

16/01/2008 - Os vereadores do PS requerem uma reunião extraordinária da Câmara Municipal para discutir a situação da Fábrica da PSA de Mangualde.

17/01/2008 (de manhã) - O presidente do grupo PSA, Christian Streiff, numa conferência de imprensa em Vigo, assegura que conta com Mangualde para o futuro e diz que nunca colocou a hipótese de deslocalização.

17/01/2008 (de tarde) - O Ministro Pinho, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, espalha o pânico alertando para a possibilidade de saída da fábrica de Mangualde.


18/01/2008 - O Ministro Pinho, ao lado do Presidente Soares, revela que se tratou de um equívoco e que tem garantias que a fábrica não sairá de Mangualde.


A pergunta que não pode deixar de se colocar é:

O que pode levar um Ministro da República a prestar-se a fazer um "serviço" deste quilate?

18 de janeiro de 2008

PSA Peugeot Citroën conta com Mangualde para o futuro

Gosto mais desta notícia. Muito mais!
E esta vem directamente do presidente da PSA, Philippe Streiff.
Ainda bem! Seria trágico para muitos milhares de pessoas.



E até aqui vou reproduzir dois extractos da notícia:

Não houve, nas declarações proferidas esta manhã em Vigo pelo presidente da companhia, qualquer referência a uma possível deslocalização da fábrica de Mangualde para outro país.
...
Fonte oficial da PSA garante que este cenário não foi colocado em cima da mesa por parte do CEO da companhia.

Bom... mas se o CEO da PSA diz que não colocou esta hipótese... porque é que o Senhor Ministro Pinho se lembrou dela algumas horas depois?

E, já agora, como é que os senhores vereadores do PS pediram uma reunião extraordinária da Câmara Municipal para debater a situação da PSA, ainda antes do Senhor Ministro ter falado?

Simples coincidência, sem qualquer dúvida!

17 de janeiro de 2008

Vamos a isso










(Ouça aqui o Ministro Pinho)













Vamos a isso!
Os senhores vereadores até já tinham pedido, previamente às declarações do Senhor Ministro, uma reunião extraordinária sobre esta matéria...

16 de janeiro de 2008

Diz que é uma espécie de obsessão (III)

O Presidente da Câmara, preocupado com a segurança dos cidadãos, decide solicitar ao Exército Português que autorize a requisição de um oficial para coordenar os serviços de Protecção Civil do município.
Vindo o militar, cedo dá conta que a sua capacidade de trabalho está muito longe de se esgotar nas tarefas ligadas à protecção civil.


Pergunta:

O que deve então fazer o Presidente?

  1. Nada! O militar que vá fazendo o seu trabalhinho e, no tempo que lhe sobrar, que vá coçando os… as esquinas.
  2. Rentabilizar o novo recurso disponível em outros trabalhos em favor do Município.

Justifique a resposta.

13 de janeiro de 2008

Diz que é uma espécie de obsessão (II)

O Oficial da Arma de Engenharia requisitado ao Exército Português, segundo dois entrevistados "convenientemente seleccionados”:

  • Aparece sistematicamente a negociar acordos de cedências de terrenos;
  • Aparece sistematicamente à cabeça de obras que são da Câmara Municipal;
  • Aparece sistematicamente a tentar junto de munícipes que haja cedências a favor da Câmara Municipal;

E, segundo alguns comentários aqui colocados:

  • Quanto ao major ter posto a câmara "nos eixos" dou-lhe os meus parabéns;
  • … não tenho nada contra o Major, pelo contrário gosto da eficácia;
  • … acabou com as pausas (pagas pelos munícipes) para os cafés dos empregados da câmara...;
  • … acabou com o facto de alguns empregados usarem as viaturas para benefício próprio (irem almoçar por os filhos á escola..e afins)...;

Eu até desconheço algumas das coisas que aqui se dizem, como a história das "pausas" (vejam bem o que se diz dos funcionários da autarquia; é de pasmar!!!) e aquela das "viaturas", mas ... afinal o que é que está errado?

Será que o mal está no facto do militar colocar o interesse da Câmara, ou melhor, do Município, à frente de interesses pessoais e particulares?

Ou será que o mal está no aumento de produtividade dos serviços públicos?

Diz que é uma espécie de obsessão




Pois... quando se entra na esfera pessoal...

(o critério jornalístico é... sim, claro está... mas eu até não me importava de ter falado à senhora)

Cantares de Janeiras

Na Associação dos Lavradores de Cubos

(trecho da actuação da Associação de S. Pedro de France)

Num concelho que tem um movimento associativo com a pujança do nosso, com um constante fervilhar de iniciativas culturais, desportivas e recreativas, e como tive ocasião de lá dizer de viva voz, temos de nos congratular pelo empenho e criatividade demonstradas na angariação dos meios necessários à auto-sustentação e à prossecução das suas finalidades.
Parabéns, portanto, ao movimento associativo Mangualdense e, neste particular momento, aos Lavradores de Cubos.

10 de janeiro de 2008

Excelente score presidencial

Ser poder tem destas coisas... mas o nível de responsabilidade também aumenta...

(para evitar polémicas desnecessárias, informo que tenho a listagem dos IP de quem votou e em quê)

6 de janeiro de 2008

As tonsilas do Fábio

(Um conto ficcional num futuro próximo - por Agnelo Figueiredo)

Ao jantar, o Fábio, 4 anitos, estava muito rabugento e foi com muita dificuldade que comeu. Só mesmo forçando. E mesmo assim, só umas colherezitas de sopa. Marco, o pai, foi deitá-lo enquanto a mãe, Sónia, arrumava a cozinha.
Sentaram-se a ver o “talk show” da TV enquanto falavam das contas que tinham para pagar nesse mês. Sónia trabalha num hipermercado e Marco é operário numa grande indústria, onde trabalha por turnos e actualmente está no que começa às seis da manhã. O programa não estava interessante e eram quase onze da noite, de modo que foram para a cama.
Sónia acordou estremunhada. Passava-se alguma coisa. Era o Fábio que chorava. Sónia foi vê-lo e encontrou-o agitado, ofegante, a escaldar. Procurou o termómetro e leu o valor da temperatura: 39,5 graus!
- Marco vem cá, o Fábio está cheio de febre, disse Sónia.
Marco levantou-se e olhou para o despertador: 1H15. “Que chatice!”
- E agora?
- Temos de o levar ao médico.
- Pois temos. Vou vestir-me num instante. Fica aí com ele.
Chegados ao Hospital de Viseu depararam com uma enorme agitação. Carros e mais carros, táxis e ambulâncias. Havia-as de todo o distrito e até da Guarda. Tudo num grande bulício.
O registo no balcão do serviço de urgência foi muito fácil e o homem da segurança logo os mandou entrar. Mas só a um deles. O outro tinha de aguardar no exterior. Foi Sónia a quem coube acompanhar o filho que foi avaliado imediatamente. O Sistema de Triagem de Manchester funcionava lindamente e foi-lhe atribuída a cor amarela. Sónia, com o Fábio ao colo, passou então para a sala de espera que estava a abarrotar. Eram 2H00 da madrugada.
Sentada na sala, Sónia observava o constante ir e vir de médicos e enfermeiros entrando e saindo dos diversos gabinetes. Por vezes aparecia à porta da sala de espera uma senhora que chamava o próximo doente. Sónia reparou que todos os que já tinha ouvido ser chamados tinham fitas cor-de-laranja e a do Fábio era amarela. E continuou a esperar. Mas estava a tornar-se muito incómodo e já não conseguia ter uma posição confortável na cadeira.
4H30. Lembrou-se de Marco que aguardava lá fora e tinha de ir trabalhar às seis da manhã. Pediu a uma auxiliar que lhe vigiasse o Fábio e pediu ao segurança que a deixasse sair para falar com o marido.
- Olha, isto está para demorar. Vai-te embora que eu alugo um táxi. Daqui a pouco tens de entrar na fábrica.
- Não. Espero por ti. Também já não deve tardar. O miúdo como é que está?
- Olha, agora está a dormitar mas continua muito quente e choraminga. Vai-te lá embora.
- Não. Já te disse que espero para irmos todos. Volta lá para dentro.
Tinha Sónia acabado de voltar à sala de espera quando deu conta de uma agitação ainda maior. Pelas conversas que captava, percebeu que estava a chegar uma VMER e uma ambulância do INEM com uma criança em estado grave que não tardaram em irromper pela porta, empurrando a maca com grande velocidade. Na sala de espera todos se entreolharam cabisbaixos e preocupados.
Sónia estava esgotada. E também enervada. Viu uma senhora enfermeira com aspecto simpático e perguntou-lhe quando seria atendido o Fábio. Ao fim e ao cabo já ali estava há mais de quatro horas. E logo a enfermeira muito solícita:
- Deixe-me ver o menino. É melhor dar-lhe água. Eu vou buscar. Sabe, isto é sempre assim. Temos sempre imensos casos muito urgentes e mesmo emergentes, e esses têm prioridade. Tem de compreender. Nós fazemos o melhor possível mas vem aqui parar gente de todo o lado. Fechou tudo. Só nós é que estamos a funcionar. Espere um pouco mais. Tenha paciência.
Sónia torceu-se na cadeira e preparou-se para esperar mais.
Já passava das oito da manhã quando a senhora habitual anunciou o nome do Fábio e Sónia logo o levou para o gabinete que lhe indicaram.
O médico fez-lhe as perguntas usuais e pediu-lhe que o deitasse. Observou, auscultou, palpou, viu ouvidos e garganta e disse:
- Pois é. O menino tem uma amigdalite. Olhe, vou-lhe receitar dois xaropes, um para a febre e outro para a infecção, e vou aqui escrever como é que lhos vai dar, está bem?
- Sim, senhor doutor.
- Então vá lá. Pode ir. As melhoras.
Marco, ao ver a mulher a sair com o Fábio, perguntou:
- Então? O que tem ele?
- Diz que é uma amigdalite. Temos de ir a uma farmácia comprar estes medicamentos.
- E mais nada? Só isso?
- Sim, só. A consulta foi uma beleza. Nem chegou a um quarto de hora. O problema foi a espera.
Já no carro, Marco perguntou:
- Olha lá, há dois anos também foi isso que o miúdo teve, não foi?
- Pois foi, exactamente. Mas dessa vez ainda resolvemos tudo em Mangualde, no SAP. Foi um instantinho. Lembras-te? Às duas e meia já estávamos na cama outra vez e não perdemos um dia de trabalho como hoje.
- Pois lembro…


E enquanto conduzia de volta a casa, aborrecido com a doença do Fábio e por ter perdido um dia de trabalho, ele e a mulher, Marco ia matutando que tudo isto vinha da tal reorganização dos serviços de saúde que o Governo tinha levado a cabo. E ele, Marco, que até tinha votado em José Sócrates e no Partido Socialista, não achava bem que a tal reorganização tivesse vindo piorar as condições de vida das pessoas. Bem sabia que era muito caro manter o SAP aberto, mas, caramba, quem é disse que a saúde era barata?

4 de janeiro de 2008

Parabéns

Depois de ler isto

é o que se oferece dizer.
Parabéns aos munícipes de Oliveira de Frades! Vão ver alargado o horário de funcionamento do "seu" SAP - entre as 20H00 às 24H00 - o que é sinónimo de melhoria da qualidade de vida.
Por outro lado, o período das 24H00 às 8H00 ("em que, em média, eram atendidos globalmente 6 utentes") vai ser substituído "pela abertura aos sábados, domingos e feriados e pelo aumento médio superior a 600 consultas, em cada unidade".
Ora, esta revelação deixa-me algumas dúvidas:
  • Em S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades não havia SAP aos sábados, domingos e feriados? É que em Mangualde há desde que existe Serviço Nacional de Saúde, pelo menos;
  • Este aumento de 600 consultas, em cada unidade, é por dia, por fim-de-semana, por mês ou por ano? É que, uma vez que aparece em contraponto às 6 consultas diárias no período nocturno, faria sentido que também fosse um valor diário. Mas não será um bocadinho exagerado?
  • E o tal aumento de 600 consultas vai ficar a dever-se a quê? É a população que vai aumentar ou são as pessoas que vão adoecer mais?
Enfim, dúvidas que não deixarão de ser esclarecidas a seu tempo.
Mas, comunicado por comunicado, aquele que está a faltar é o da posição oficial do Partido Socialista de Mangualde quanto ao futuro do nosso SAP.
E como até já houve um sarau sobre esta matéria, agora era mesmo só o comunicado: a clarificação!

3 de janeiro de 2008

Política a sério

Captar novas empresas! Melhorar as condições de vida! Atrair novos habitantes! Combater a desertificação! ... É assim:

E depois... os municípios que baixem os impostos!

2 de janeiro de 2008

Baixar impostos

Na última reunião da Assembleia Municipal um deputado socialista instou a Câmara a baixar o IRS.

Efectivamente, as Câmaras Municipais podem propor às respectivas Assembleias a diminuição das taxas de alguns impostos, como sejam o IRS e o IMI, e como já era a derrama sobre o IRC.
Ao que parece, há alguns resultados que se obtêm com estas medidas:
  1. O concelho fica mais atractivo para fixação de novos habitantes e novas empresas;
  2. Os contribuintes residentes ficam satisfeitos por pagarem menos impostos;
  3. A oposição fica satisfeita por ver seguidas as suas ideias.
E, para lá destes resultados, ainda há outros:
  • As receitas do Município diminuem;
  • O limite de endividamento municipal diminui (1)
Ou seja, é uma proposta que merece ser devidamente ponderada. Vamos lá ver se esta baixa de impostos poderá ser implementada já no próximo Orçamento. Se for por unanimidade...


(1) O limite de endividamento passou a ser, grosso modo, de 125% das receitas anuais incluindo os impostos municipais