4 de novembro de 2011

Uma cidade paralisada

Hoje, sexta-feira, dirigia-me ao Café Melro no intuito de tomar aquela estimulante bica matinal, eis senão quando me deparo com esta barricada.

“Olhe, eu quero ir ao Café Melro tomar um café”
“Ah, pois, mas não pode passar”
“Então como é que vou?”
“Eh, estacione por aí e vá a pé”
“Mas é só para tomar um café num instantinho”
“Siga, siga…”

Bom está de se ver que não havia qualquer lugar para estacionar. Só se fosse no parque do Continente. Mas, caramba, só para tomar uma bica ter de calcorrear aquela distância toda. Perdia-se muito mais tempo no caminho do que na bica.
Tentei aceder ao centro da cidade por outras ruas mas tinham idênticas barricadas. Nada! O centro da cidade está cercado!
Eu já devia calcular que ia ser assim. Ontem, quando saí da minha tertúlia pela meia-noite, já estava tudo vedado com barreiras e para sair do Largo do Rossio tive de ir por uma rua no sentido proibido. Mas pensei que iria prevalecer o bom senso e que as barreiras seriam apenas para controlar as entradas de feirantes com as taxas pagas. Enganei-me.
Por acaso era só para tomar um café, mas se fosse para comprar uma mercearia no Chiveve, ou umas frutas no Sr. Alves, ou para levar um saco de roupa ao Passamisso, era a mesma coisa. Impossível!
Os comerciantes devem estar felicíssimos.
Eu é que não. Não dá para aguentar esta violentação dos meus direitos básicos. Vou mesmo abalar de fim-de-semana.


ADENDA:

Era este o aspeto do Largo de Rossio pelas 14H00 de hoje, sexta-feira:


Uma cidade cercada e... vazia. Para quê, afinal, as barricadas?
Mas o comércio local deve estar radiante!