31 de março de 2008

Mandar para o descanso

Assustei-me!
Estive a ler um comunicado do CDS e fiquei assustado com aquela linguagem agressiva. Uma linguagem de onde transparece uma animosidade à flor da pele e uma agressividade reprimida, quase incontida. Não sei o que terá acontecido, mas parece-me que haverá ali qualquer coisa complicada. Não sei o quê, mas que há-de haver alguma coisa, lá isso há.
De qualquer forma, haja o que houver, de acordo com os meus padrões, nunca se justifica a utilização daquela terminologia de “falta de vergonha”, de “grotesco”, de “mandar para o descanso” (só faltou o “eterno”) e de outros adjectivos semelhantes que proliferam ao longo da prosa. Eu nunca o faço. Nunca mesmo! A não ser quando me refiro aos filhos-da-puta dos anónimos que aqui me vêm caluniar. Só que, nesse caso, não me estou a referir a ninguém em concreto, não estou a insultar quem quer que seja, antes a desabafar de um grupelho de cobardolas indeterminados. De resto, nem me passaria pela cabeça vituperar uma pessoa conhecida, qualquer que fosse, que um dia hei-de encontrar e cumprimentar algures em algum lugar. E até vou mais longe: se me desse para chamar incompetente ou “sem vergonha” a um tipo qualquer, então seria coerente com essa atitude e nunca mais lhe olharia para a cara. Abomino “o pântano” e a “paz podre”!
É que "incompetente" é algo muito diferente, só para dar um exemplo, de "palerma". "Palerma" é um conceito subjectivo. Fulano pode achar que cicrano é palerma por tomar determinadas atitudes que outrem, pelo contrário, considera correctas. É subjectivo. O mesmo não se passa com "incompetente", uma vez que se trata de um conceito objectivo. No contexto presente, a competência, ou a sua negação, é atestada pelas escolas ou pelas ordens profissionais e equivalentes, não cabendo ao vulgar cidadão aventurar-se a conjecturar sobre a eventual (in)competência de alguém.

Agora, num registo exclusivamente pessoal, vou referir-me ao caso concreto das obras da Rua Azurara da Beira:
Começo por lembrar que abordei a questão num artigo que aqui publiquei em 3/7/2006. O texto teve algumas repercussões e, já em 2007, teve desenvolvimentos:
  • Surgiu um abaixo-assinado de todos os comerciantes daquela rua, com excepção de um, solicitando que a mesma passasse a ter apenas um sentido;
  • Os serviços técnicos deram parecer positivo e propuseram o sentido poente-nascente;
  • A Câmara Municipal, por unanimidade, aprovou a alteração;
  • Os serviços técnicos elaboraram o plano;
  • As obras desenvolveram-se por fases, em articulação com os comerciantes, no sentido de minimizar os inconvenientes, uma vez que a alternativa seria demorar menos tempo, mas manter a rua sem trânsito – logo com menos comércio – durante todo esse tempo;
  • Como é normal em qualquer obra, aquando “no terreno”, surgiram dados novos que obrigaram a correcções no sentido da melhoria da mesma.
Merece-me um comentário, também, a insinuação de que não terá havido articulação com a empresa Beiragás. É que foi exactamente ao contrário. De facto, o planeamento da empresa apontava para instalação das condutas no próximo mês de Setembro e foi sob intensa pressão que a Beiragás acedeu a antecipar a intervenção, fazendo-a coincidir, excepto no primeiro troço da rua, com a do Município.

Finalmente, vou aqui deixar um subsídio para a compreensão da problemática do relacionamento com empresas como a EDP, PT, Beiragás, Netcabo. É fácil: é só clicar na imagem… e ler, claro está. É do "Público" de Domingo passado.

30 de março de 2008

Hoje fiz uma concessão

Hotel Montebelo - 29/03/2008Apesar das seis horas consecutivas, não desgostei do périplo pelos problemas que mais afectam o nosso distrito. E até aprendi coisas interessantes. Por exemplo, enquanto o ministro Mário Lino "Jamé" – Sócrates dixit – fumava o seu cachimbo e eu uma cigarrada, lá me foi falando das novas tecnologias que o concessionário irá usar nas portagens dos novos troços do IC12, com reconhecimento da matrícula por via óptica ou electromagnética, e da possibilidade de aquisição de pacotes pré-pagos de portagens (como os telemóveis), em alternativa ao clássico pós-pagamento por débito bancário. Achei muito avançado.

19 de março de 2008

O drama pungente da célula (com)fundida


Era uma vez uma simples célula fotoeléctrica como tantas células que a EDP instala nas cabines baixas dos postos de transformação, mesmo a jeito das pedradas e das pauladas que os vândalos que nos assolam tanto gozo têm em lhes desferir. Uma vez vandalizada, a célula fica incapaz de accionar o contactor que estabelece a ligação da rede pública de iluminação e… a rua fica às escuras. É o que nos tem acontecido com alguma frequência nos últimos tempos. “Aqui não há iluminação, ali também não, além já há, e mais além também não…”, seguindo, normalmente, o percurso do “gang”.
Não era este, todavia, o caso da "nossa" célula. Ela não tinha sido vandalizada. Estava intacta e operacional. E contudo… a rua estava ficava às escuras! “Que problema terrível!”
Ensaiado o sistema, tudo estava perfeito. Luz acesa. Mas veio a noite e… luz apagada! “Que drama!”
Eis senão quando, EUREKA! “A célula anda a ser enganada! Julga que é sempre dia porque é iluminada por aquele candeeiro que está noutro circuito. Mude-se de posição!”

E foi assim que a nossa célula passou a não ser confundida passando, toda feliz, a fazer luz em muitas lampadazinhas.

15 de março de 2008

Parceria


Ora aqui está um exemplo de futuro hipotecado, de trespasse do concelho, de insustentabilidade financeira e de impossibilidade dos vindouros decidirem. E, além do mais, tudo absolutamente, completamente, totalmente e irremediavelmente ILEGAL !
Mas não é cá...
Infelizmente.

14 de março de 2008

Árvores

Tratadas com tal carinho e plantadas nos locais certos, têm tudo para crescer e... servir.

Centro de Saúde - Mangualde

7 de março de 2008

Ler faz bem

Semana da leitura na EB 1 N.º 2 de Mangualde (ex-colégio)


(Lendas de Mouras, de Luísa Ducla Soares, na Biblioteca)

4 de março de 2008

O estranho caso das empresas fugidias

As tais que teimam em não se instalar em Mangualde!

Curso de Português


Isto também era bom para muitos bloggers e comentadores de blogs. Aparece aqui cada calinada...
Bom, pode ser que haja turmas em e-learning e à distância.