21 de julho de 2009

Falsificação? Crime? Credo !

Estive a ler um comunicado do Partido Socialista em resposta a um par de artigos sobre os caminhos do Agris, onde se fala em falsificação de documentos e em outras coisa complicadas.
Pode ser presunção minha, mas fiquei com a ideia de que um dos artigos do referido par seria o que aqui escrevi. Acertei?
Ora bem, perante o texto do comunicado, impõem-se dois esclarecimentos.

1) Sobre o incómodo do PSD:
O PSD e, neste caso específico, a respectiva candidatura autárquica, tem porta-vozes a quem compete divulgar as posições do partido sobre as diversas matérias. Acontece que não conheço qualquer posição do PSD sobre a questão dos caminhos do Agris. Acontece, e isto é ainda mais importante, que aquilo que escrevo me vincula a mim próprio e a mais ninguém.

2) Sobre a falsificação de documentos:
O que eu disse foi que seria muito, mesmo muito, muitíssimo, difícil fazer aquelas operações todas durante um fim-de-semana. Por isso, como lá está escancarado, o que coloquei em dúvida foi a veracidade da informação que me deram sobre a simultaneidade das datas de notificação da aprovação das candidaturas das diversas juntas de freguesia. De resto, embora num comentário, até reiterei que se tratava de pessoas que não se iriam "meter em buracos". Portanto, a hipótese rebuscada da falsificação de documentos e afins tem de ficar exactamente com quem a levantou.

Finalmente, tenho de dizer que foi pena que o comunicado não esclarecesse a minha dúvida: as datas das notificações.

19 de julho de 2009

Obra desenganada

Li no Renascimento que as Juntas de Freguesia de Mesquitela e Cunha Baixa, tendo, em devido tempo, apresentado candidaturas ao programa AGRIS para financiamento da beneficiação de caminhos, foram notificadas da necessária aprovação no passado dia 5 de Junho, uma sexta-feira. Segundo o mesmo jornal, a data limite para apresentação das facturas das obras era 8 de Junho, isto é, a segunda-feira seguinte à notificação. Assim, com prazo tão curto – escassas 72 horas – as duas Juntas de Freguesia não conseguiram realizar as obras.
Pensei na altura: Ora bolas! Se os burocratas que analisaram estas candidaturas tivessem sido tão lestos como foram nas outras, teria sido possível dar mais tempo e também estas fariam os seus caminhos. Que chatice…
Só que, ontem, na minha tertúlia, garantiram-me que todas as Juntas de Freguesia candidatas foram notificadas na mesma data e com o mesmo prazo. E que várias conseguiram fazer as obras e apresentar as facturas na aprazada segunda-feira. Eia lá!
É claro que duvidei. Duvidei e continuo a duvidar. É um prazo muito curto e, ainda para mais, mete Sábado e Domingo de permeio.
É certo que teriam os projectos todos prontinhos à espera da ordem para avançar, mas, mesmo assim, teriam sempre de: (1) seleccionar a empresa construtora de acordo com as regras da contratação pública, (2) adjudicar a obra, (3) assinar o respectivo contrato, (4) mandar avançar a empresa, (5) realizar a obra propriamente dita (o asfaltamento do caminho) e, finalmente, (6) receber as facturas dos trabalhos. E tudo isto dentro das escassas 72 horas do prazo.
Ora, como se reconhecerá, não sendo de todo impossível, isto é muito, mas mesmo muito, difícil. É, como costumo dizer, obra desenganada!
Por isso, se acaso foi mesmo assim, é com sentido entusiasmo que dou os parabéns a todos os que não se intimidaram perante o gigantismo da tarefa e conseguiram realizar esta rara proeza.
Parabéns!

(mas, como disse, duvidei e continuo a duvidar)

9 de julho de 2009

Evocação do Foral

Arte com simplicidade e economia.
Depois de completado - iluminação e revestimentos - vai tornar-se num elemento de referência.

Ainda assim, tenho de dizer que gostava mais da versão em aço.