26 de março de 2009

Vamos lá à pedreira

Conforme tinha dito, fui informar-me. Resumidamente, é assim:

Como se ilustra ali na imagem ao lado, que pode ser ampliada, na encosta para a barragem, salvo seja nas traseiras da área de serviço da A25, num terreno propriedade do Município de Mangualde, desde há vários anos, laborava uma empresa, cujo nome não sei, arrendatária, que explorava uma pedreira. A exploração estava devidamente licenciada.
Por razões que desconheço, a dita empresa veio a desinteressar-se da exploração e acabou por cair na situação de incumprimento do contrato de arrendamento.
Entretanto, aliás, recentemente, surgiu uma outra empresa, cujo nome também não sei, que se mostrou interessada em retomar a exploração da pedreira, firmando o competente contrato de arrendamento com o Município.
Conforme se pode depreender - de tão óbvio - a nova empresa é obrigada a proceder ao licenciamento da exploração, o qual é da competência do Ministério da Economia, envolvendo os pareceres do Ambiente, da CCDR-C, do nãoseiquantos e do ..., como é normal neste país.
Périplo que, tanto quanto consegui apurar, não está concluído.
Todavia, é de presumir que, tendo de passar por tanto filtro, só passe se for coisa sã. A não ser que ganhe o estatuto de PIN.

E é o que se me oferece dizer.
V/ Ex.ª, superiormente, melhor decidirá.

18 de março de 2009

Este post é para todos

E como tal, vou escrevê-lo com todo o cuidado, sem pressas, explicitando até ao máximo a mensagem pretendida, atentando no mais ínfimo dos pormenores, tudo no sentido de assegurar que todos, mas mesmo todos, o compreendam na sua plenitude.
Nem sempre é assim.
Por vezes, aliás, frequentemente, não escrevo assim. Por vezes não escrevo para "todos" (*). Escrevo para pessoas que reflectem; que questionam; que se questionam; que vêem; que vêem longe; que não se fixam no primeiro plano; que não se deslumbram com a exuberância da aparência; que descodificam o óbvio. Enfim, para pessoas que pensam.
O post de ontem era desses.
Era um post sobre a falácia da captação de indústrias pelos autarcas e sobre os seus predicados. E tinha uma fotografia da Rania of Jordan, uma política cheia de predicados - todos o dizem - que, se fica bem em qualquer lado - todos o reconhecem - porque não o ficaria aqui?
Pois logo me apareceram aqui três pacóvios, um pior que os outros, que censurei, que julgaram que o post também era para eles. Vai daí, comentaram sobre aquilo que os seus intelectos conseguiram captar: "gajas", "rabos de saia" e "virgens púdicas"!
... ... ...
Mas aprendi! Em futuro, assinalarei este tipo de posts com bolinha, símbolo de "Conteúdo inadequado para tipos que pensam que pensam".

(*) Sim, já sei: elitista, mania que é importante, peneirento,... and so on

17 de março de 2009

Ai, ai...

Rania - Queen of Jordan
A ideia de que um autarca do interior consegue "captar indústrias" é, mormente nos dias de hoje, absolutamente anedótica.
De facto, desde há vários anos que a localização das poucas novas empresas industriais é decidida a nível governamental e envolve contrapartidas que saem fora das possibilidades dos municípios.

Admito, todavia, que a ideia pudesse ser menos imbecil se houvesse autarcas com tantos predicados como esta rainha:
Culta, trabalhadora e boa... muito boa!

12 de março de 2009

Penhora

Li no mocho que as contas da Câmara Municipal podem vir a ser penhoradas.
Fui ao Mangualdeonline mas não estava lá a notícia.
Por isso, pode ser alguma divagação, mas lá que seria engraçado, ai isso seria.

Até já estou a imaginar aquele tipo do DN a escrever o título:
"Câmara não paga vencimentos por ter as contas penhoradas"

Que aventura!

(E eu digo que as deliberações tomadas pelos órgãos são para ser cumpridas)

2 de março de 2009

E já aceitou?



Esta edição de "O Renascimento", com a entrevista a Castro Oliveira, o artigo do colaborador Filipe Pinto e a coluna do Dr. João Cruz, vem cobrir de razão os críticos - gente culta, estudiosa, com provas dadas e honestidade intelectual sem mácula - que o acusam de parcialidade: é um jornal ao serviço de Soares Marques!

1 de março de 2009

Visão paroquial e provinciana


A cimeira dos chefes de estado da União para debater as respostas à crise financeira e económica era muito importante. Todavia, José Sócrates considerou ser ainda mais importante estar na festa de encerramento do congresso do PS - e não foi mais que uma festa aquilo que aconteceu no Domingo em Espinho - e fez-se representar na cimeira pelo seu ministro de estado.

Foi uma opção pessoal. Não há nada a criticar.
É por isso que concordo com Teixeira dos Santos quando fala da visão paroquial e provinciana.

Infelizmente, também temos muita dessa visão míope em Mangualde.