13 de junho de 2009

Estranho critério


É conhecida a minha posição contra o “asfaltamento” de estradas e caminhos integrados em plena Natureza e pouco utilizados. Só como exemplo, sempre defendi que não se deveria “alcatroar” a estrada da barragem de Fagilde. Estes caminhos e estradões devem, na minha perspectiva, estar em bom estado, sem buracos ou regueiras, o que exige manutenção regular, mas devem manter-se em terra, em tout-venant.
Ora, dei hoje conta que o caminho do Coval foi transformado numa verdadeira estrada; um piso de categoria; um tapete de fazer inveja a muitos bairros urbanos.
Não sei de quem foi a ideia, nem sei quem pagou a intervenção.
Não sei, mas contesto. Contesto pela razão que acima expus, e ainda mais: reportando-me ao exemplo, o caminho do Coval ainda tem menos tráfego que a estrada da barragem. Quantas pessoas o usam? Haverá alguma que o faça com regularidade? Tenho sérias dúvidas.
Por isso, critico o critério, o qual chega a ser verdadeiramente paradoxal.
Mas olhemos, um pouco mais acima na estrada de Quintela, para o Bairro da Fontinha, onde reside muito boa gente.
Então, se havia dinheiro para pavimentações, por que razão não se utilizou esse dinheiro na pavimentação dos dois arruamentos do Bairro da Fontinha em vez de um caminho com uma extensão ainda razoável onde não passa quase ninguém? Porquê? Não serviria muito mais pessoas?
Parece-me um caso típico de despesismo e inversão de prioridades. Mal!

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