27 de outubro de 2006

Manifesto

A Vitória escreveu um comentário ali em baixo, a que respondi devidamente.
Todavia, já que atribuo muita importância ao assunto abordado, entendo transformar a resposta que lhe dei num manifesto. Assim:

Anónima Vitória,
Como bem diz, este blog é meu.
E eu NUNCA discriminei, nem retaliei, nem exerci represálias sobre quem quer que fosse, muito menos por razões de desacordo de opinião.Tenho todo o meu passado para testemunhar isso mesmo.
Assim, quem aqui entender escrever, tem a certeza, a garantia absoluta, de que nunca será objecto de qualquer discriminação, pela minha parte, seja em que contexto for. Trabalho todos os dias com pessoas de quadrantes ideológicos bem distantes do meu e nunca as discriminei. Basta questioná-los.
Não estou na vida, e a política é parte da vida, para beneficiar amigos e prejudicar adversários. Tenho destas coisas uma perspectiva de serviço público em que o objectivo é a melhoria de "todos" sem pensar em "alguns".

É dentro deste quadro conceptual que considero exigível que quem aqui escreva se identifique sem ambiguidades: "Eu sou o fulano. Sabe? Aquele que... está a ver?"
Depois, pode criticar tudo o que entenda: "Olhe, acho que fez uma grande asneira nisto... ". Claro que também é exigível que acrescente: "Deveria ter feito assim e assado... Tinha esta vantagem e aquela..."
Desta forma, pode-se discutir. Pode-se pensar. Pode-se aprender. Pode-se, enfim, evoluir.

Mas sei bem que isto não é fácil.
Sei bem que para se ter este tipo de intervenção, é necessário que se possua uma bagagem intelectual mínima. É necessário que se consiga ir para além do imediato, do próximo, do óbvio, e que se saiba argumentar.
Ora, isso já não estará ao alcance da maioria dos que aqui costumam escrever. Esses não conseguem ir mais longe que o insulto, a ofensa e a insinuação.

Mas estão sempre a tempo de começar a enfrentar a vida "de frente"!

Sem comentários: