Há por aqui uns fulanos que insistem em fazer alusões ao meu passado político. Mais propriamente, lembram, amiúde, a minha passagem pelas listas do Partido Socialista em Mangualde. Estarão, provavelmente, convencidos que com isso me perturbam.
Olhem que não, meus senhores, olhem que não!
Sou militante do PPD/PSD desde a sua fundação, já lá vão mais de 31 anos. Mas é verdade que, num dado momento, me deixei seduzir pela aura do Dr. Mário Videira Lopes e integrei, na qualidade de independente, a sua lista de candidatos à Assembleia Municipal, para a qual vim a ser eleito. Claro que a lista era do PS. Mas não foi o PS que me atraiu.
Depois, com o tempo e o consequente conhecimento mais próximo da realidade, vim a perceber que as coisas não eram como me tinham parecido, que as dinâmicas tinham outra explicação, e que os objectivos e os interesses diferiam dos que eu tinha conjecturado. E afastei-me.
Mas não pensem que me ficou algum sentimento de arrependimento, de culpa, ou, muito menos, de vergonha. Nada disso. Tratou-se, em ambos os casos, de opções conscientes fundamentadas em análises que, a seu tempo, me pareceram correctas. Uma não o era. Assumo-o!
Mas há outro dado inquestionável: nunca fui sectário. Neste contexto, valeria a pena lembrar as tantas organizações da sociedade civil em que tenho trabalhado, em conjunto com outros companheiros de jornada, independentemente das suas convicções políticas ou das suas filiações partidárias, sem outro intuito que não a colaboração para a promoção do bem comum.
E enquanto por aqui andar, é assim que vou continuar.
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