30 de julho de 2005

O marasmo da Avenida da Estação

Hoje li no Notícias da Beira o habitual "Reparo de um Munícipe" da autoria do senhor Henrique Máximo Figueiredo.
Com a devida vénia, vou aqui reproduzir o referido artigo, já que constitui excelente primeira parte da explicação do "marasmo" da Avenida da Estação. Então aqui está:

Ao ler o jornal "Renascimento" do passado dia 15 de Junho de 2005, fiquei muito satisfeito ao ver um anúncio que lá vinha inserido.
Previ logo do que se tratava, mas para concretização do assunto, não fosse estar enganado, dirigi-me à Câmara Municipal para total esclarecimento, pois o anúncio do jornal não esclarecia bem o local, só dizia – Reabilitação da Variante Sul. O Sr. Presidente da Câmara teve a amabilidade de me elucidar do que se tratava. Já há muito tempo que se desejava que o troço de via compreendido entre a rotunda da Avenida Montes Hermínios e a passagem inferior do caminho de ferro, aquele célebre troço de rua que passa em frente ao Centro de Saúde, se desejava reparado como estão as outras vias, ou seja, um tapete betuminoso, pois o piso está tão degradado que, quando lá transitamos, dá-nos a impressão que estamos a transitar numa calçada romana pois a viatura treme por todos os lados em virtude do atrito proveniente das irregularidades do pavimento. Este anúncio abre o concurso público para os empreiteiros poderem concorrer aos trabalhos de aplicação dum pavimento em tapete betuminoso, além de outros, terminando o prazo da entrega das propostas no dia 27 do mês de Julho. É sempre por aqui que se começa.
Estou-me a lembrar que, quando era ministro dos Transportes e Obras Públicas o nosso conterrâneo, Dr. Jorge Coelho, veio aqui, tendo sido recebido, tanto no exterior como no Salão Nobre dos Paços do Concelho, com toda a pompa e circunstância, para o Instituto das Estradas de Portugal assinar com a Câmara Municipal, o protocolo de compromisso, a fim de levar a efeito a obra em questão.
Afirmou, como amigo, que também lá passava muitas vezes nas suas deslocações a Contenças onde tinha os seus familiares, sendo portanto uma questão de dois ou três meses que demoraria o início dos trabalhos. Quando acabou a assinatura do protocolo, todas as pessoas que saíram do salão vinham convencidas da pura verdade, acreditando plenamente nas palavras do Sr. Ministro. Já lá vão três anos ou mais e as palavras pronunciadas foram uma pura ilusão para todos. Nunca mais se lembrou que esteve aqui e do que disse. Vale mais falar pouco e fazer obra do que ter muita conversa e nada fazer. Não é de estranhar tal posição.
A reparação do troço da via, desta vez, vai ser feita para bem de todos. A Câmara Municipal vai ter de pagar 50% do valor de todos os trabalhos a executar, apesar deste troço de rua pertencer ao Instituto de Estradas de Portugal.
Mais um bom trabalho da Câmara Municipal.
Máximo
Nota:
Para além do conteúdo em si mesmo, é de salientar um facto interessante: há mais pessoas que, tal como eu, quando querem verdadeiramente "saber", perguntam...

Sem comentários: