Li no blog Mocho uma coisa que me deixou siderado. Não que não seja trivial que lá se escrevam coisas perturbadoras. Mas esta destaca-se extraordinariamente.
Não existindo qualquer possibilidade de descontextualização, vou apenas reproduzir a parte final do texto:
“… mais dia, menos dia, estes bandidos vão atacar de novo, porque lhes está na massa do sangue. O que há a fazer, é dar-lhes combate.
Por mim, podem vir, porque tenho muitas munições no meu paiol. E não são de pólvora seca...”
Ora, assim “a seco”, sem fazer uso de uma metáfora, de uma parábola, de uma qualquer figura de estilo apropriada, sem usar, sequer, umas simples aspas, as referências às “munições” e ao “paiol”, não podem ter interpretação diversa do estrito significado das palavras usadas, tanto mais que surgem no contexto de dar “combate” aos “bandidos”.
Livra!
Não sendo eu um pacifista, nem por isso deixei de me quedar perplexo.
E não posso deixar de lamentar este resvalar da argumentação para aquilo que mais não é que um explícito incitamento à luta armada, como forma de resolver o que me parece ser uma querela partidária.
Pois bem, prefiro acreditar que se tratou de um momento em que a emoção toldou a razão. Prefiro mesmo!
É que, por este andar, iríamos ter um Verão Quente. E este ainda nem sequer é o de 2009!
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