
Isto é, não são exigidas especiais qualificações a um político, seja ele primeiro-ministro, presidente de câmara ou vereador. É por isso que não existem, sequer, cursos que acreditem políticos. Nem mesmo neste nosso Portugal, onde têm tido muita
Assim sendo, as competências que um homem leva para o desempenho de um cargo político para o qual foi eleito pelo povo, são exactamente aquelas que já detinha no instante imediatamente anterior ao da eleição. Nenhuma transformação acontece no homem. Continua a ser o mesmo homem, uno e indivisível.
Desta forma, chamar incompetente a um político é dizer que o homem é incompetente. Não se pode distinguir um do outro.
Coisa diferente é acusar o político de errar. E, efectivamente, os políticos podem errar e, quando erram, podem – devem – ser acusados disso mesmo. Os políticos podem errar quando desempenham a sua função, aquela para a qual foram eleitos: a de decidir. De facto, os políticos não “fazem”. Não projectam, não calcetam e também não levantam e põem lancis para alargar passeios. Não. Os políticos, apoiados em estudos elaborados por técnicos – aos quais, a esses sim, são exigidas competências – tendo em conta o que julgam ser o interesse público, tomam decisões, as quais podem levar à elaboração de projectos e, finalmente, à execução de medidas. É claro que ao longo deste processo podem acontecer diversos percalços: os dados iniciais podem ser incorrectos, o interesse público pode ser mal avaliado, os projectos podem conter erros, os executantes podem não ser dos melhores... enfim…
Dir-se-á que, em última análise, fica a responsabilidade política. Talvez sim, talvez exista essa coisa. Mas responsabilidade política é uma coisa e incompetência é outra bem diferente.
Já agora, para concluir:
Diego Armando Maradona não era competente. Era um super craque da bola! Brigitte Bardot não era competente. Era muito boa! Pablo Picasso não era competente. Era um artista! E John Lennon não era competente. Também era um artista!
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