Uma obra, qualquer obra, neste caso uma rotunda, não pode deixar de ser completamente executada nas suas diversas vertentes. Esta (Rotunda da Cruz da Mata),
como muitas outras, não o foi. Apenas se acautelou o aspecto rodoviário. De facto, a rotunda está feita e o pavimento qualificado. Mas faltou um aspecto não menos importante que o anterior: o arranjo da superfície - ajardinamento ou outro, que lhe confira um aspecto atraente de "obra acabada".Há que não cair nas habituais patetices e pensar que a responsabilidade cabe ao poder político. Não é verdade! Este problema, de facto, é sobretudo de ordem técnica. E porquê? Bom, porque a obra foi planeada e executada para resolver um problema de fluidez e segurança de transito. E isso, indubitavelmente, foi conseguido. E o resto? E o ar de abandono? E aspecto de "obra de Santa Engrácia" que a "coisa" tem? É evidente que não foi previsto mais nada. Resolveu-se o problema (principal), está resolvido!
Ora, o que isto demonstra é uma falta de articulação entre os diversos serviços camarários. A obra foi conduzida pela divisão de Infra-estruturas Rodoviárias, e a divisão de Equipamento Urbano alheou-se da mesma, como o fez a divisão de Água e Saneamento (os nomes das divisões não são bem estes, mas para o caso pouca diferença faz). Arranjo urbanístico? De quê? Água para rega? Para quê?
Estão a ver, não é assim?
E não haverá responsabilidades políticas? Talvez haja, mas apenas na dimensão em que não terá sido aberto nenhum processo disciplinar a ninguém!
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